Prática Médica

20
Dez

Sistemas de Vigilância Clínica

Autor: Nilson Gonçalves Malta, Farmacêutico Sênior
Categoria: Tecnologia

Grupo de médicos conversando e acessando infomações no computadorO uso da tecnologia está presente em diversos aspectos do nosso cotidiano e isto é fato. Na área de saúde a tecnologia tem avançado enormemente em diversas áreas, como no diagnóstico por imagem, no exame laboratorial, na biologia molecular, na cirurgia robótica entre outros. Entretanto, o ato da prescrição médica ainda resiste como um processo essencialmente manuscrito em muitos dos serviços de saúde, sem poder contar com o auxílio poderoso da automação. A automação, neste caso, pode ser realizada por meio de um Sistema de Suporte à Decisão Clínica (SSDC), que emite alertas, sugestões e questionamentos, oferecendo auxílio na prevenção ao erro e orientação do profissional para a melhor prática.

No Einstein adotamos uma ferramenta que acompanha a prescrição médica, entretanto, como uma atividade oferecida pelo serviço de Farmácia Clínica. A ferramenta é conhecida genericamente como Sistema de Vigilância Clínica, no qual os pacientes são monitorados quanto à sua inclusão em protocolos institucionais, rotinas gerenciadas entre outros. O sistema que atualmente adotamos tem o nome de “Evolução Farmacêutica” e é um desenvolvimento realizado pelos profissionais do HIAE, o qual oferece uma enorme gama de ações baseadas em regras programáveis de acordo com a prática que se deseja. Como exemplo, podemos citar o controle da utilização de antimicrobianos de uso terapêutico ou profilático, monitoramento do clearance para medicamentos que necessitam de ajuste posológico, acompanhamento de medicamentos de baixo índice terapêutico com o seu respectivo monitoramento de nível sérico, alertas para interações medicamentosas de alta relevância, alertas de risco para pacientes susceptíveis a efeitos colaterais do medicamento (Morbidade x Efeito colateral), e muitos outros. Para cada evento relevante observado, o farmacêutico entra em contato com a equipe médica para que seja dada ciência da situação e eventuais cuidados adicionais sejam tomados.

Deste modo, os Sistemas de Vigilância Clínica entram como um valioso suporte da Farmácia ao tratamento do paciente. Há que se tomar nota, que a implantação de um SSDC é bastante relevante, conquanto que não se transforme num gerador excessivo de alertas e que inibam a adesão do corpo clínico à tão necessária prescrição eletrônica. Numa implantação equilibrada o SSDC suporta o médico para a prescrição segura e deixa o trabalho de avaliação do perfil farmacoterapêutico e do monitoramento para o Farmacêutico Clínico integrado à equipe multiprofissional.

Autor: Nilson Gonçalves Malta, Farmacêutico Sênior do Einstein.


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